quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ester

Wellington Antonio de Assunção

Enquanto as outras são belas,
Tu és revestida de esplendor e gloria.
Enquanto as outras adquiriram meramente inteligência,
A sabedoria sempre sobejou de teu ser.
Assim como o Sol não brilha pra si,
Proporcionando por seus raios de luz a vida à Terra,
E divide parte de seu resplendor com sua irmã Lua.
Assim também é o teu fulgor,
Que traz alegrias e ternura para as nossas vidas,
Dividindo com as outras filhas de Eva
[um pouco de sua luz.

Outras para mim são umas,
Porém, somente Tu és única.
Outras são como barcos que vão ao porto
Tu, entretanto, és como um farol que as guia para não
[abalroarem-se com alguma pedra.
Outras são como navios que navegam por todas as águas,
Tu, porém, és como a praia, onde as águas é que vão ao teu encontro.

Outras são formosas, somente na aparência,
Mas Tu, não, não és assim, és formosa
[tanto na aparência como no caráter.
Noutras, encontro o perfeccionismo,
Em Ti, encontro a perfeição.
Outras são interessantes,
Todavia, em ti encontro o interesse interesse!
Outras se pintam para embelezar-se,
Tu, porém, o faz para ocultar tua real beleza.
Outras são como ramalhetes de flores,
Tu, entretanto, és como o mais perfumado dos jardins,
[onde nunca murchou alguma flor.
Teu doce aroma, faz com que o mais sábio dos sábios
[perca o uso da razão.

Eis que conheci elevado numero de reis e reinos,
Mas, em nenhum destes reinos encontrei formosura superior
[ou sequer semelhante a tua.

Bem aventurada és por conhecer o amor,
Embora doa em meu íntimo saber que aquele a quem tu amas não te ama.
Não achei dolo em teu ser,
Senão, dor por um coração que aspira alguém que não pode ter.

Mas, eis que te trago boas novas,
Novas relativas a teu futuro.
Eis que me foram apresentadas assim:
Eis que vejo na curva do horizonte, onde o sol se esconde,
Montado em um corcel de cor semelhante ao mais puro mármore,
Um filho de Adão, que galopa velozmente, como que atrasado para
[encontrar algo ou alguém vem ao teu encontro.
Eis que ao chegar desce de sua montaria e declama-lhe:
- Oh, doce donzela, por acaso és tu a quem procuro de reino em reino?

Ao passo que tu lhe perguntarás:
- Quem é esta a quem tu buscas meu senhor?
E eis que ele lhe responderás, dizendo:
- Busco aquela de onde o brilho nunca se afasta, aquela
[donde jorra a sabedoria.
Aquela que é única para mim.
Eis, que tu deves responder da seguinte forma, como eu to apresento:
- Acabas de terminar tua peregrinação meu senhor,
Encontraste a quem buscas. Esta está diante de ti,
[aquela que há tanto tempo buscas.
-Oh! Submeto-me a ser teu humilde vassalo,
Em troca de encontrar a felicidade em teus braços,
E a ternura em teus beijos.
- Suba em meu corcel comigo e terminaremos a jornada de nossas vidas
[juntos.
E com ternura tu lhe deve responder responde:
Sim, meu senhor, quero completar minha felicidade e vida em
[teus braços.

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