quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lágrimas

Wellington Antonio de Assunção

Eu canto a agonia da noite,
A inveja do dia,
E o brilho do olhar de uma dama e a doçura de seu sorriso!

O orvalho são as lágrimas da noite despedindo-se dela ao o raiar do dia,
O sol brilha tentando ofuscar o resplendor do seu olhar,
Tão certo quanto o dia é dia, seu sorriso é doce como o mel!

Quem, por ventura, será das suas lágrimas digno?
De quem é o direito de roubar de seus olhos o brilho?
Quem ousará roubar do mundo a majestade  do seu sorriso?
Quem se atreveria a tal sacrilégio ter cometido?

Ninguém que a faça chorar é merecedor de suas lágrimas,
Maior dentre os pecadores é aquele que nos traz
[as trevas ao roubar o brilho de seus olhos!
Clemência não merece aquele que de nós tirar a glória de vê-la sorrindo!
Presenciar tal cena, imóvel, inerte, impotente. É este meu maior castigo!

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