quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ode à Perfeição


Wellington Antonio de Assunção

Eis que um dia um ancião me perguntou:
- Jovem, alguma vez, já vistes a Perfeição?
Ao que lhe respondi:
- Caro de muitas primaveras, em meus poucos anos de vida,
Não fui agraciado de tal maneira!
Indaguei-lhe pois a mesma coisa, e ele me replicou:
- Uma, uma única vez, a mim ela se apresentou!
Grande alegria experimentei,
[Quando fui tocado por suas mãos mãos,
As mãos mais macias que um dia senti!
Temi por um instante estar louco,
[e minha visão não ser verdadeira!

Ela tem a luz do céu em seu olhar,
Sua pele é tão macia quanto a seda,
Seus pés foram formados à semelhança das conchas
[do mar!
Em sua boca não encontrei dentes, encontrei
[algo que me parecia um conjunto de estrelas!
Tocar os seus lábios é como tocar o mais puro veludo,
E o gosto de seus beijos é melhor que a Ambrosia,
Tê-la em meus braços me fez o homem mais feliz do mundo!
Mas, grande dor dilacerou meu coração por não poder fazer
[nada, enquanto ela partia!

- Meu jovem – ele dizia – Um último conselho
[tenho a lhe dar!
Se um dia a encontrar, não a perca,
A perfeição será aquela mulher a quem decidires amar!
Mesmo com a dor de sua partida ao meu lado a sinto
[como a sentia quando ela era viva!
Ame-a, mas, ame-a de todo o teu coração,
Seja sincero, e para o teu coração jamais minta!
E ao fim da tua vida você poderá dizer a si mesmo:
Eu amei e fui amado pela perfeição!

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